terça-feira, 29 de julho de 2008

Contos de ninar

Acordei tarde de um sonho estranho. Não é a primeira vez que sonho com coelho. Penúltima vez era um arisco e branco animal que havia se emaranhado nos cabelos de uma criança que estava ao meu lado. Ele a arrastou por todo o campo, como o carro guiado por bandidos arrastou o corpo daquele menino João Hélio. Infeliz comparação, eu sei.
Eu fiquei sem reação, observando o coelho agarrado porém assustado no cheio e claro cabelo dela e seu corpo pequeno moído como um saco de ossinhos.
Nesse último nada em especial, eu havia adotado um. Arisco também. E branco.

Levantei às 16h dando conta de um trabalho acadêmico pra ser entregue no mesmo dia, de qualquer forma não houve pressa.
O quarto, um caos. Eu também. Duas semanas eternamente tediosas, sem motivação alguma. A porra do lençol que nunca me protegia do frio, a televisão jogada no chão junto com inúmeros dvd's piratas de filmes que não eram exatamente o que a capa indicava, inúmeras coisas que aprendi a dividir espaço na hora de dormir, a calça jeans que eu acabava por dormir vestida, os livros embaixo da cama, o copo quebrado fruto de um chute acidental que estranhamente insistiu em não me ferir o pé, as toalhas praticamente servindo de pano de chão, 5 carteiras de Carlton vazias e tudo o que poderia ter no quarto de alguém que praticamente também adornava o quarto feito um objeto. Um objeto qualquer.

Não sei lhe dar com certos tipos de situação, sou o tipo de pessoa que dança em chuva ácida, vamos admitir que uma hora fudeu, ok ? Então a tia morre e eu saio, eu saio por não saber a reação, talvez pra não saber dela mesmo.

E hoje então talvez eu veja que é hora de juntar os cacos, de limpar o armário(mais uma vez), lavar as roupas. Assim o fiz. O copo cortou o dedo, não achei uma coberta quente, a televisão não tinha jeito e os objetos que dormiam comigo ainda existem. Pra uma próxima recaída, talvez.

Mas... e agora ?

Olá madrugada! Eis a situação, a mais difícil das situações.

E nada de Rivotril, garota!

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